OBRADIGITALIZADAPARAUSOEXCLUSIVODEDEFICIENTES

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OBRA DIGITALIZADA PARA USO EXCLUSIVO DE DEFICIENTES VISUAIS.As Vidas de Chico XavierMARCEL SOUTO MAIOR2 edio revista e ampliada11 reimpressoMARCEL SOUTO MAIORAs Vidas de Chico XavierCopyright (c) l edio Marcel Souto Maior 1994Copyright (c) 2a edio revista e ampliada Marcel Souto Maior 2003Preparao; Wladimir AraujoReviso: Cludia Renata Gonalves Costa e Rita GorgatiCapa: Andra Vilela de AlmeidaImagens de capa e quarta capa (c) Unio Esprita MineiraAs imagens de capa e quarta capa pertencem ao livro Chico Xavier Mandato de Amor, editado pela Unio Esprita Mineira, entidade federativa do Espiritismo em MinasGerais que integra o Conselho Federativo Nacional daFederao Espirita Brasileira.Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (cli)(Cmara Brasileira do Livro, si, Brasil)Souto Maior, MarcelAs vidas de Chico Xavier / Marcel Souto Maior. -2. cd. rev. e ampl. So Paulo : Editora Planetado Brasil, 2003.ISBN 85 7479 574 71. Espiritismo 2. Reprteres e reportagens3. Xavier, Francisco Cndido, 1910-2002 1. Ttulo.03-2729 CDD-I33.9loj2ndices para catlogo sistemtico:1. Mdiuns : Espiritismo : Biografia e obra133.910922004Todos os direitos desta edio reservados EDITORA PLANETA DO BRASIL LTDA.Alameda Ministro Rocha Azevedo, 346 8 andar01410-000 So Paulo-SPAGRADECIMENTOSRose, minha me, pelo apoio de sempre. Ronan, meu pai. Arturo,o psicanalista. Paulo Roberto Pires, Mauro Ventura, OlavoDrummond, Snia, Sylvia e Cssio Barsante, Neusa Arantes,Eurpedes Tahan, Elias Barbosa, Lula Branco Martins, DanielaKresh, Leonardo Ferreira, Francisco Ferreira de Queiroz, RicardoLand e Marcos Aurlio Santos Coelho, do Proauto (ProjetoAutomao do Jornal do Brasil), Geraldo Leo, Biblioteca Nacional.A todos, enfim, que tornaram este livro possvel.ndice:11 Morre um capim, nasce outro21 O menino mal-assombrado43 Muito prazer, Emmanuel53 A pele do rinoceronte63 O aprendiz de curandeiro91 Humberto de Campos, o escndalo129 Chuva de ptalas149 A nova atrao de Uberaba163 Os mortos esto vivos189 A vida desapropriada233 Diante da morte267 Eplogo270 BibliografiaMorre um capim, nasce outroEram pouco mais de 19h30 de domingo 30 de junho de 2002 ,quando o corao de Chico Xavier parou.Chico tinha acabado de deitar-se na cama estreita de seu quarto acanhado para mais uma noite de sono. Pouco antes de dormir, ergueu as mos para o alto, como semprefazia, e rezou pela ltima vez.Chico morreu em casa, como queria, sem dor nem sofrimento.Poucas horas antes, ele chamou o enfermeiro que sempre o acompanhava. Precisava de ajuda para fazer a barba, mas Sidnei tinha viajado. A reao de Chico, ao saberda viagem, foi rpida e intrigante:No vai dar tempo.Nos ltimos dias, a cozinheira da casa, Josiane Alberto,estranhou o comportamento de Chico. Bastava ela trazer um copo de gua para Chico agradecer: 12 Jesus vai te abenoar. Muito obrigado. Passou a semana agradecendo. Era como se estivesse se despedindo. Foi esta a sensao que teve o mdium Csar de Almeida Afonso ao visit-lo na semana anterior. Agora vieram todos - Chico disse ao v-lo, depois de uma sucesso de visitas de outros mdiuns. O lder esprita morreu exatos oito dias antes da data em que seria alvo de uma srie de homenagens e comemoraes: os 75 anos de sua mediunidade. Para os amigos mais ntimos, a morte, naquele momento, o poupou de novos desgastes com eventos e compromissos. Chico planejou, com cuidado, a prpria despedida. Uma de suas principais preocupaes era impedir que impostores divulgassem, aps sua morte, supostas mensagens transmitidas por ele. Temia que, em busca de projeo, mdiuns se apresentassem como porta-vozes de seu esprito. Para evitar fraudes, Chico combinou um cdigo secreto com trs pessoas de sua confiana: o mdico e amigo Eurpedes Tahan Vieira, o filho adotivo Eurpedes Higino dos Reis e Ktia Maria, sua acompanhante nos ltimos anos de vida. Trs informaes deveriam constar da primeira mensagem enviada do alm. Na tarde anterior prpria morte, Chico confirmou o cdigo com Eurpedes Tahan e avisou: Vocs sabero quem sou eu. Traduzindo: depois de morto, Chico revelaria um dos seus segredos mais bem guardados: quem ele teria sido na ltima encarnao. Ele pensou em cada detalhe. Seu corpo deveria ser velado no Grupo Esprita da Prece durante 48 horas, para que todos tivessem tempo de se despedir, sem confuso. O enterro seria feito no cemitrio So Joo Batista, em Uberaba, a cidade que o acolheu em janeiro de 1959, quando Chico deixou para trs a famlia e os amigos da cidade natal, a tambm mineira Pedro Leopoldo. Foram feitas, claro, as suas vontades. Quando a notcia sobre a morte dele se espalhou, fogos de artifcio ainda espocavam nos cus de Uberaba e do Brasil. O pas festejava a conquista do pentacampeonato da Copa do Mundo de futebol. O jogo decisivo aconteceu na madrugada de sbado para domingo. Mas a principal notcia em Uberaba logo se tornou Chico Xavier. Reprteres, fotgrafos e cinegrafistas correram para a casa dele. O corpo do mdium saiu de casa por volta das 23h30 pelo porto dos fundos rumo ao Grupo Esprita da Prece, o centro fundado por ele em 1975. Aplausos o saudaram na sada de casa e na chegada ao Centro. Uma fila de admiradores logo dobrou o quarteiro e se prolongou dia e noite, por dois dias. A Polcia Militar e o Corpo de Bombeiros foram mobilizados e, de todocanto do pas, chegaram os devotos de Chico Xavier. Mes e pais que perderam filhos e foram consolados por ele; pobres que teriam morrido de fome ou de frio sem a ajuda dos mutires que ele promovia; espritas e no-espritas de todo o pas, que aprenderam a ter f com a ajuda de Chico. As 48 horas de velrio foram suficientes para que as caravanas de nibus chegassem em paz. A Polcia Militar fez as contas: 2.500 pessoas por hora, em mdia, se despediram de Chico no Grupo Esprita da Prece. Ao todo, 120 mil pessoas. A fila para ver o corpo atingiu quatro quilmetros e chegou a exigir uma espera de aproximadamente trs horas. Coroas de flores foram enviadas de todo o pas por polticos, artistas, admiradores annimos, enquanto o prefeito decretava feriado na cidade, o Governador anunciava luto oficial por trs dias, e o Presidente Fernando Henrique Cardoso divulgava uma mensagem sobre a importncia do lder esprita para o pas e para os pobres. Em frente ao cemitrio, uma de suas admiradoras, a florista Isolina Aparecida Silva, atravessou a rua, foi at a cova onde Chico seria enterrado e jogou l no fundo, sem que ningum visse, uma carta de agradecimento por tudo o que o mdium fez por ela e pelo Brasil. 14 Isolina, 56 anos, tornou-se devota de Chico aos catorze, quando ele curou a sua enxaqueca crnica apenas com o toque das mos. Isolinas de todo o Brasil rezaram para Chico Xavier naqueles dias de despedida e conversaram com ele, nas breves passagens pela beira do caixo, como se Chico estivesse ouvindo cada palavra de saudade e de gratido. Na tera-feira 48 horas depois da morte , um carro do Corpo de Bombeiros estacionou em frente ao Grupo Esprita da Prece para transportar o corpo de Chico at o cemitrio. Os cinco quilmetros do trajeto demoraram uma hora e meia para serem percorridos. Mais de 30 mil pessoas acompanharam o cortejo a p. O trnsito parou e um clima de comoo tomou conta da multido. A pedido de Chico, as flores das coroas mais de cem, no total - foram distribudas a quem acompanhava o corpo. Na porta do cemitrio, o caixo foi recebido com uma chuva de ptalas de 3 mil rosas lanadas de um helicptero da Polcia Rodoviria Federal, ao som de msicas como Nossa Senhora, o canto de f de Roberto Carlos, e Pra No Dizer Que No Falei das Flores, cano de protesto de Geraldo Vandr. O corpo permaneceu na entrada do cemitrio mais quarenta minutos antes de ser levado para a sepultura. Chico queria se despedir de todos. E se despediu como planejou. Espritas esperaram por notcias dele nos dias seguintes. Mas semanas, meses se passaram. e nada. Nenhuma mensagem de Chico Xavier. O cdigo secreto nem precisou ser usado. Seis meses depois, um dos mdiuns mais concorridos de Uberaba, Carlos A. Bacceli, fechou os olhos e ps no papel um livro intitulado Na Prxima Dimenso. O esprito do mdico Incio Ferreira, ex-diretor clnico do hospital psiquitrico Sanatrio Esprita de Uberaba teria ditado o texto a ele. Incio, segundo o livro, tambm esteve no enterro de Chico. Era um dos espectadores invisveis da passagem do lder mais importante do pas. Durante todo o velrio, Chico escreveu Bacceli teria descansado nos braos de Cidlia, segunda mulher de seu pai, considerada sua segunda me. Chico guardava relativa conscincia de tudo , descreveo texto.Uma faixa de luz azul enfeitava o cu e foi se tornando cada vez mais intensa medida que se aproximava a hora do enterro. Esta luz, segundo Incio, envolveu Chicoe partiu, levando o lder esprita para bem longe, no exato instante em que a multido entoava a cano Nossa Senhora, em frente ao cemitrio.Uma revelao, publicada no livro, causou alvoroo nos meios espritas: Chico seria a reencarnao de Allan Kardec. Ele teria vindo Terra para pr em prtica esentir na prpria pele a doutrina desenvolvida e divulgada por ele, em livro, na existncia anterior. Com a publicao do livro, Chico teria cumprido a promessa de revelar quem ele era. Para quem no acredita em vida depois da morte, os cinco pargrafos acima so mera fico. Para quem acredita, tudo faz sentido. Verdade irrefutvel mesmo que Chico, o menino pobre e mulato do interior de Minas, filho de pais analfabetos, se transformou em mito, venerado, idolatrado, atacado, perseguido um dolo popular. Foi a histria desta metamorfose que decidi contar h dez anos quando desembarquei em Uberaba com uma tarefa ambiciosa: receber um sinal verde do prprio Chico Xavier para escrever sua biografia. Eu era reprter do Jornal do Brasil, tinha srias dvidas sobre questes como vida depois da morte e encarava o lder esprita com o habitual distanciamento jornalstico. Chico era um mito nacional adorado por milhes de brasileiros e menosprezado por centenas de jornalistas como eu. Chico Xavier? No o Chico Buarque, no? Chico Anysio? Chico Mendes? amigos de redao ironizavam ao saberem do meu projeto: lanar a primeira biografia jornalstica de um dos personagens mais idolatrados e polmicos do pas. L fui eu. Aos 81 anos, atormentado por sucessivas crises de angina, 16 abatido por duas pneumonias graves e castigado por uma catarata crnica, Chico Xavier vivia em repouso e por recomendao mdica j no participava de sesses espritas h quase nove meses. Eu teria de contar com o apoio de seu filho adotivo, Eurpedes, para conseguir visit-lo em casa nas reunies para poucos amigos aos sbados noite. No consegui passar pelo porto. Eurpedes preferiu preservar o pai de qualquer desgaste, e eu decidi iniciar a reportagem sem autorizao de ningum nem do possvel biografado. O primeiro passo: acompanhar uma sesso esprita no Grupo Esprita da Prece, mais conhecido como o Centro do Chico. Era noite de sbado e fazia frio. Dava para contar nos dedos o nmero de participantes do culto reunidos na casa simples, com piso de cimento e telhas descascadas no teto. ramos catorze todos sentados a dois metros de distncia da mesa comprida onde, at o ano anterior, Chico Xavier causava comoo ao fechar os olhos e pr no papel mensagens de mortos a suas famlias na Terra. Com a ausncia de Chico nas sesses dos ltimos meses, as multides do ano anterior reduziram-se at chegarem naquele punhado de gente disposta a acompanhar a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e a anlise de temas como compaixo e solidariedade. Sentei no banco de madeira em frente mesa ocupada pelos dirigentes da sesso e, minutos depois, levei um susto. Contra todas as expectativas, Chico Xavier reapareceu no Grupo Esprita da Prece, o corpo franzino arqueado sob um terno mal-ajambrado e o sorriso aberto de quem volta para casa depois de meses de internao. Ele se sentou cabeceira, ouviu em silncio a leitura de textos de Kardec e, em seguida, rezou o pai-nosso com um fio de voz. Eu no sabia nem como nem por que, mas lgrimas comearam a escorrer pelo meu rosto sem que eu sentisse qualquer emoo especial. Desabavam minha revelia, aos borbotes, sem nenhum controle. No fim da sesso, eu me aproximei de Chico e fui direto ao assunto com a desinibio e arrogncia tpicas dos jovens jornalistas: - Chico, trabalho no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, e vim pedir autorizao para escrever sua biografia. Chico recorreu a um de seus enigmas, ttica usada por ele para evitar a indelicada palavra no: Deus quem autoriza. Continuei no mesmo tom: E Deus autoriza? Chico ficou em silncio dois, trs segundos e respondeu com um meio sorriso: Autoriza. Era tudo o que eu precisava ouvir. Ou quase tudo. O acesso casa de Chico, fundamental para a reportagem, foi negado por Eurpedes no dia seguinte. E o tempo comeou a correr contra o projeto. Era preciso voltar ao Rio em breve com o mximo de informaes possvel., e o jovem reprter entrou em ao novamente, com uma ttica de emergncia. Liguei para o outro filho adotivo de Chico, Vivaldo, responsvel pela catalogao da obra do lder esprita e me apresentei com uma meia verdade: Vivaldo, sou jornalista e estou escrevendo uma reportagem sobre o seu pai. Voc pode me ajudar? Vivaldo convidou-me para uma visita e, simptico, ajudou- me, sem saber, a vencer o veto da vspera: ele morava em um anexo nos fundos da casa de Chico e foi l que eu entrei na noite seguinte com gravador e bloco mo para a primeira entrevista. Vivaldo tratou de servir caf enquanto eu despejava sobre ele as primeiras perguntas - as mais leves - sobre a obra de Chico Xavier e a responsabilidade dele, Vivaldo, de datilografar, classificar e arquivar os romances e poemas vindos do alm.Eram quase quatrocentos livros e mais de 20 milhes deexemplares vendidos de clssicos como Parnaso de Alm-Tmulo(o livro de estria) e best sellers como Nosso Lar (o campeo de18vendas). Todos, sem exceo, segundo Chico, foram transmitidos a ele por espritos.A pauta da conversa estava prestes a entrar nas perguntas mais complicadas sobre a personalidade e a intimidade de Chicoquando uma campainha soou na sala. - meu pai. T me chamando , Vivaldo pediu licena e se retirou. Com dificuldades para andar, Chico tinha um interruptor ao lado da cama para acionar os filhos em caso de necessidade ou emergncia. Quando Vivaldo saiu, um calor insuportvel tomou conta da minha mo direita: era como se ela estivesse pegando fogo. Uma sensao to ntida que me fez largar a caneta, saltar do sof, ir at a porta, girar a maaneta e correr para o quintal. Fiquei ali fora sacudindo a mo de um lado pro outro na noite fria at Vivaldo reaparecer. - Meu pai disse que a sua biografia vai ser um sucesso. Parabns. S deu tempo de eu buscar o gravador e o bloco na sala, me desculpar e desaparecer. Foi assim, com lgrimas e calores inexplicveis, que dei os primeiros passos no territrio de Chico Xavier. Auto-sugesto? Fenmenos fsicos provocados pela aura de um ser iluminado? So muitas as perguntas sem resposta neste mundo onde vivos e mortos se misturam e espritos enviam notcias do alm por meio de mdiuns em mensagens sempre intrigantes. Trecho de uma delas: Querida tia Isabel, se puder, no deixe a vov chorar tanto nem a minha Mezinha Gilda continuar to aflita por minha causa. Estou vivo, mas preciso desembaraarme das prises de casa para conseguir melhorar. A carta assinada por Antnio Carlos Escobar, jovem de 22 anos, morto dias antes. Ao longo de todo o texto, o esprito cita nomes e sobrenomes de famlia de vivos e de mortos: Estou aqui com o meu av Primitivo Aymor e com minha av Isabel Ra Escobar. A mensagem saiu das mos de Chico Xavier, em sesso pblica em Uberaba, arrancou lgrimas da me de Antnio Carlos, Gilda, e provocou o mesmo efeito nas pessoas reunidas no Grupo Esprita da Prece: o de reforar a f num dos dogmas do espiritismo: o de que existe, sim, vida depois da morte. Como duvidar da autenticidade de um texto pontuado por tantos nomes e sobrenomes s conhecidos pela famlia do morto? Como duvidar de Chico Xavier? Fenmenos como estes se repetiram milhares de vezes ao longo dos 74 anos de atividade medinica do lder esprita. Quando Chico completou 70 anos - no dia 2 de abril de 1980 -j eram 10 mil as cartas de mortos a suas famlias psicografadas por ele, segundo sua assessoria. E j eram tambm 2 mil as instituies de caridade fundadas, ajudadas ou mantidas graas aos direitos autorais dos livros vendidos ou das campanhas beneficentes promovidas por Chico Xavier. Porta-voz de Deus? Uma besta encarregada de transportar documentos dos espritos Chico reagia. Um iluminado? No. Uma tomada entre dois mundos minimizava. Chico Xavier, o apstolo? Nada disso. Cisco Xavier - ele transformava o nome em trocadilho quando j era idolatrado por caravanas de fiis e curiosos vindos de todo o Brasil e indicado ao Prmio Nobel da Paz em campanha nacional embalada por mais de 2 milhes de assinaturas de adeso em 1981. Sou um nada. Menos do que um nada, repetia, para se defender de tanto assdio e evitar uma armadilha perigosa: a vaidade. Com a bno de Chico, os centros espritas kardecistas se multiplicaram (hoje j so mais de 5 mil) e formaram uma rede de solidariedade ativa no Brasil. Por estatuto, cada centro deve divulgar o Evangelho, promover sesses pblicas (sempre gratuitas) e, o mais importante, prestar servios comunidade. Ajudai-vos uns aos outros era o remdio receitado por Chico para todos os males. Ajude e ser ajudado, ele aconselhava aos desesperados e seguia risca a prpria receita. 20 Ao longo dos 92 anos de vida - 74 deles dedicados a servir de ponte entre vivos e mortos -, Chico escreveu 412 livros, vendeu quase 25 milhes de exemplares e doou toda a renda, em cartrio, a instituies de caridade: Os livros no me pertencem. Eu no escrevi livronenhum. Eles escreveram. Em fevereiro do ano 2000, Chico foi eleito o Mineiro do Sculo em votao que mobilizou a populao de todo o estado de Minas Gerais e o consagrou, mais uma vez, como fenmeno popular. Couberam a ele exatos 704.030 votos o suficiente para derrotar concorrentes poderosos como Santos Dumont (segundo colocado), Pel, Betinho, Carlos Drummond de Andrade e Juscelino Kubitschek (o sexto colocado). Recluso, doente, afastado dos holofotes, Chico continuava vivo, firme e forte, na lembrana do pblico. No ano seguinte, ele foi internado com pneumonia dupla, em estado grave, num hospital de Uberaba. Ao gravar imagens da fachada do prdio, um cinegrafista registrou uma apario inusitada: um ponto luminoso vindo do cu se deslocou em alta velocidade na direo da janela do quarto onde Chico estava. O mdico Eurpedes Tahan Filho acompanhava o paciente e diagnosticou: logo depois desta apario, o quadro clnico de Chico mudou. A febre desapareceu, a respirao melhorou e ele ficou mais alerta. Dois dias depois, Chico teve alta. As imagens foram exibidas no programa Fantstico, da Rede Globo, logo aps a morte do mdium. Reflexo na lente da cmera? Fraude? Ajuda espirit
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